domingo, 17 de abril de 2011

Leopoldo, o fedido

Domingo é dia de passear com os cachorros. Como o Emiliano não tá aqui, passear de coleira com os quatro fica difícil. Então aproveitei que não tinha ninguém na rua e fomos andando sem coleira mesmo, na liberdade.
O Marelo tá velho, com oito anos, então não corre mais. Me acompanha, come uns matinhos e vem pra casa. Os outros três somem da minha vista, e foi o que aconteceu hoje. Foram pra rua paralela da minha.
Já contei que o Leo adora rolar numa merda, né? Ele sai procurando merda pra rolar em cima e SEMPRE volta pra casa com sujeira pra eu limpar. Hoje foi diferente, Leo voltou limpinho. Ele trouxe a merda dentro de uma sacolinha. Vou explicar:
Quando voltei do passeio com Marelo, os outros três já estavam me esperando no portão. Conforme fui descendo a rua, eles foram me vendo e indo me encontrar. Juninho foi o primeiro que me viu e subiu a rua. Rock foi o segundo. Quando Leo me viu e começou a correr em minha direção, percebi que ele arrastava algo. Era uma sacolinha de supermercado pendurada em seu pescoço! Ele conseguiu enroscar a sacola no pescoço. Os vizinhos da frente passaram mal de rir. Fui desenroscar a sacola achando que tinha lixo dentro. Mas não era lixo. ERA MERDA. Mole e pastosa. Não sei se era de gente ou de bicho, só sei que foi merda na minha perna, nos outros cachorros, na rua... menos no Leo, que seguiu limpo até o fim. Quem pagou o pato foi o Juninho, que teve que tomar banho.
O mais engraçado foi a cara que o Leo fez. Ele estava se sentindo o cachorro mais feliz do mundo com a sacolinha no pescoço. Quando tirei e joguei fora, ele entrou em casa com cara de quem ia pro abate. Tá mucho até agora.
Estraguei a brincadeira do coitadinho.