domingo, 12 de dezembro de 2010

Sobre a cafona arte de amar

O amor...
Não existe definição nem explicação para o amor, tampouco sobre o que nos tornamos quando amamos. A única certeza nessa vida é que, quando amamos, nos tornamos cafonas.
A gente é criança e ama os pais e mais ninguém.
Cresce mais um pouco, se apaixona pelo vizinho da avó, e a melhor sensação do mundo é escolher o seu amado na brincadeira Salada Mista. Ouve Mara Maravilha e Raça Negra para pensar no seu querido, imagina vocês dois correndo juntos de mãos dadas... ah, o amor.
Uns anos depois experimenta o amor platônico pelo primo da amiga. Somente dor e sofrimento podem definir essa passagem da vida. Escreve paródias de músicas sobre a paixão que sente, dorme o máximo possivel para poder sonhar com seu pretendente. Quando ele chega na sua cidade, se esconde dentro de casa o máximo que puder para não cruzar seu caminho... mas fica de butuca na janela pra dar uma espiadinha quando ele passar.
O tempo passa e o amor platônico não tem mais graça. A vez agora é do amor proibido. Vocês sabem que não vai dar certo. Os amigos não se bicam, a familia não apoia e não há assunto para ser conversado. Mas vocês insistem porque se amam muito, mesmo que desejem vez ou outra ficar com outras pessoas.
Um dia acontece. Ele chega de verdade, o amor. E quando chega você finalmente sabe de tudo, você se lembra de tudo. É como se estivesse dormindo esse tempo todo.
E você, que antes não tinha planos com ninguém, a não ser com você mesma, começa a ver seu futuro claramente numa bola de cristal. Faz planos, traça objetivos. Quer comemorar o amor que você sente, festejar. Quer a familia e os amigos perto de você. Quer ouvir suas músicas preferidas, comer a comida que você mais gosta, vestir a roupa mais linda do mundo e agradecer a quem te deu de presente o AMOR.
Você quer casar, mesmo que isso signifique gastar o dinheiro que você não tem e ter que convidar aquele parente chato. Sabe que vai ouvir opiniões contrárias, familiares e amigos dizendo que é desnecessário, que é brega, que é fora de moda e que nós já somos casados, que é melhor pegar o dinheiro e fazer uma viagem pela Europa ou dar entrada em um apartamento. Todos podem dizer qualquer coisa. Você quer casar. Você teve o privilégio de encontrar o amor e quer mostrar pra todo mundo isso. Você é cafona, o amor é cafona. Você ama.
Abre um caderno e dá início à coisa mais cafona que você vai fazer na sua vida.
Começa a planejar seu casamento.
"Love is all, love is you"

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Top 10- Músicas da década

O ano está acabando e resolvi fazer o top 10 das músicas que me marcaram nesta década. Ou na década passada. A década acabou ano passado? Enfim. As músicas que marcaram os últimos 10 anos. Sou uma pessoa superatarefada, mas encontrei um tempinho na minha agenda para mais uma listinha.
Quase não faço listinhas.
2000
Quer dançar - Bonde do Tigrão
Essa música tocou o ano inteiro em 2000 e encalacrou tanto na minha cabeça que toda vez que a ouço me vejo de shortinho e camiseta do bloco Chiqui Nu Úrtimu pulando carnaval na prainha. Não foi um bom ano.
Outra: From the botton of my broken heart (Britney Spears), Frenesi (Pixote- hahaha)
2001
Give me Love- Marisa Monte
Minha irmã, a Giovana e eu fizemos uma viagem para São Tomé das Letras com meu pai e lembro de ter ouvido muito essa música nas 10 horas em que passamos dentro do carro. Foi legal, mas quando voltei minha amiga Camila tinha morrido de acidente de carro.
Outra: Por Enquanto (Cássia Eller)
2002
Já sei namorar- Tribalistas
Esse cd foi lançado no fim do ano, mas só consigo me lembrar de matar aula do cursinho e sair de carro com minha colega Mariana ouvindo essa música pra paquerar os playboyzinhos ourinhenses.
Outra: O amor faz (Sandy & Júnior)
2003
Forever- Kiss
Vida nova em Marilia. Faculdade de Tradutor. Eu passando madrugadas comendo lanche, pizza frita, estudando e ouvindo essa música.
Outras: Toxic (Britney Spears) e Hey ya (Outkast)
2004
Spring Love- ?
Fui passar o reveillon em Ilha Comprida e lá virei dançarina de axé. Voltei morena do Tchan, ensinando todos os passos pras minhas amigas pra arrasarmos no carnaval. Sério, eu fiz isso.
Outra- Até o fim do mundo (Gurus)
2005
Razão de Viver- Roupa Nova
Porra. Eu comecei minha vida em 2005. O Emiliano chegou! Não poderia ser outra música senão a nossa.
Outra: Quando você passa (Sandy & Júnior)
2006
Bonde do Dom- Marisa Monte
Viajava nove vezes por semana pra acabar logo a faculdade. Três vezes de manhã, uma a tarde (pra fazer inglês) e cinco a noite. Em todas elas ouvia os novos discos da Marisa.
Outras: Pra ser sincero (Marisa Monte), Pensamento (Cidade Negra)
2007
Malemolência- Céu
Foi o melhor ano da década. Minha vida era demais! Morava com minha vó, baixava Lost toda quinta-feira, comecei a trabalhar e descobri que a Céu existia!
Outra: Liga pra mim (Mara Maravilha- lembro do aniversário de 1 ano do João)
2008
Somebody to Love- Queen
Minha irmã deu de presente pra minha mãe um dvd do Queen. Acho que ela nunca assistiu porque eu tomei posse dele. Estava depressiva e me identificava super com a letra: "Each morning I get up I die a little/can barely stand on my feet/take a look in the mirror and cry/ Lord what you´re doing to me?"
Outras: Play the game (Queen), I believe in miracles (Ramones)
2009
I kissed a girl- Katy Perry
Não, eu não beijei uma menina. Um dia vi esse clipe na MTV e resolvi baixar o cd, que é muito legal. Acho que já assumi faz tempo que sou cafona e popular, né? Já passei da idade de ter vergonha.
Outras- Titanic (funk que tocou no carnaval em ASB) e a música que o vizinho colocava pra tocar todo dia uma hora da tarde cujo nome não sei, mas é do gordinho que canta Beautiful Girl.
2010
Come together- Beatles
Esse ano foi dos Beatles. Comecei a gostar deles por causa do Emiliano. Ouvimos muito Kiss FM nas férias de janeiro passeando por São Paulo e foi bem legal. "Depois de um rock... sempre vem outro rock".
Outras- Something (Beatles), Let it be (Beatles), Billie Jean (cantada pelo calouro rouco do Seu Raul).

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Politicamente Incorreto

A Revista TPM deste mês publicou um texto falando sobre infância politicamente incorreta, já que no passado não existiam preocupações que hoje aterrorizam tantas mães por aí.
Depoimentos de pessoas ligadas à revista contavam que tomavam café com leite e açúcar na mamadeira, acendiam o cigarro pra mãe e dormiam em bares boêmios. Houve uma IDENTIFICAÇÃO IMEDIATA de minha parte, pois minha irmã e eu provavelmente fomos as crianças mais politicamente incorretas dos anos 90.
Pra começo de conversa, meus pais eram supernovos e adoravam sair. Meu tio tinha um bar (boteco mesmo) e a família se reunia toda sexta-feira, fazendo com que eu dormisse dentro do carro por muitas e muitas madrugadas.
Aos domingos íamos na vó Ywone e enquanto a família conversava e brigava assistindo Os Trapalhões, eu sumia com meus primos, entrava escondido no SESI e andava de patins na quadra de basquete até o guarda chegar. Sem contar as festas de reveillons na casa das tias solteironas, quando saíamos de madrugava pedir "bom princípio de ano novo" aos vizinhos ricos. Minha tia uma vez levou um cigarro de menta, novidade na época, e adorei dar uma tragadinha e sentir aquele gostinho de bala. Aos 10 ou 11 anos.
A Mariana quando entrou na adolescência foi um caso especialíssimo a ser estudado. Forrou uma parede do quarto com recortes de revista e fugiu com 13 anos para São Paulo pra ver o show dos Ramones. Meus pais não deram a mínima... nessa época eu não lembro muito bem dela ficar em casa. Ela sumia e aparecia uns 3 dias depois pedindo dinheiro.
Quando íamos passar as férias em São Pedro era uma alegria. Aline e Edson SUMIAM pros bailes da vida e acordei muitas vezes sozinha em casa no meio da noite, já que a cidade era pequena e não oferecia perigo. Minha vó Irene promovia jogos do copo com os amigos adolescentes da Mariana, que apareciam 3 horas da manhã para fazer um lanchinho.
Mas o caso mais politicamente incorreto da minha infância aconteceu comigo.
Quando eu estava na terceira série, organizaram um concurso de dublagem na minha escola e minha mãe resolveu ensaiar eu e minhas amiguinhas. Poderíamos ter ensaiado Xuxa, Paquitas ou sei lá que grupo infantil tinha na época, mas é claro que mamãe ensaiou Paradise City, do Guns and Roses. Eu era o Axl e usava um shortinho de lycra amarelo, uma camiseta cavada e uma bandana com estrelas estampadas. Minha amiga Liliane era o Slash e minha mãe a despenteou e arrumou uma cartola. Pra completar o look, enfiou um CIGARRO na boca da menina. Lógico que todo mundo vaiou, inclusive minha professora do pré. Mas isso não nos impediu de ganhar, já que os jurados eram todos amigos e professores da minha irmã, que era a apresentadora do concurso. Esse foi meu maior trauma de infância e vocês não imaginam a dificuldade que tive pra descrever a situação.
Hoje em dia, assim como foi publicado na TPM, as preocupações são maiores ao ponto de uma simples mamadeira de café com leite e açúcar se tornar algo proibido para uma criança. O que posso dizer é que antigamente as coisas eram muito mais divertidas- e muito mais rock´n roll.

sábado, 11 de setembro de 2010

Só na malandragem

O twitter me impede de escrever mais vezes aqui... deixo pras horas de angústia, desilusão, esperança e bebedeira, que é o caso de hoje.
Acontece, minha gente, que tô com medo de viver o mesmo filminho do fim do ano passado. Eu tava esgotada e fiquei deprimida com tanta coisa, tanta angústia. Não conseguia levantar pra dar aula e não ficava feliz nos fins de semana. Claro que isso sarou depois de umas duas semanas de férias. Mas, vejam bem, estamos em SETEMBRO e ainda faltam 14 semanas pro fim das aulas! As pestes parecem não ver isso e enchem cada vez mais o saco.
Fora isso tem as eleições. Eu não faço a mínima ideia em quem votar pra senador e deputados. E tem os palha que falam que não podem votar nulo. É muita preocupação pra uma pessoa só.
Querem saber duma coisa? Vão todo mundo pra puta que pariu.
Vou continuar lendo meu livrinho de entretenimento, assistindo o Raul Gil e ouvindo minhas canções cafonas que meu mundo individual é bem melhor que os seus.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tempo

Eu gostava tanto de sentar em algum lugar aberto e sentir o ventinho batendo, o cheiro de fim de tarde, as nuvens formando chuva...
Gostava de comida quente, feita na hora.
Ouvir uma música e me sentir bem.
Dormir a tarde num dia frio.
Pensar no futuro e em como as coisas poderiam mudar pra melhor.
Beber coca-cola geladinha.
Sentar na calçada com minhas amigas e conversar.
Passear de carro pela cidade.
Tomar banho de cachoeira.
Ir pra Araraquara nas férias, ficar na Giovana, brigar com ela e com minha irmã.
Almoçar na tia Lice na quarta-feira, comer pizza na tia Melanie, fazer churrasco no SESI.
Gostava de conhecer uma coisa que ninguém conhecia e explicar como funcionava.
Chegar em casa depois do trabalho e implicar com minha vó.
Bolinho de carne da Izinha.
Lasanha da minha mãe.
Ganhar picolé de manga do meu pai.
Posso ainda gostar de todas essas coisas, acontece que o prazer de antes não existe mais. O frescor da vida, a vontade de fazer tudo ficar bem, das coisas darem certo, isso não há mais dentro de mim. E acredito que em cada um de vocês que envelhecem junto comigo o sentimento é parecido. Só não sei explicar por quê.
Eu gostava de ter saudade do Emiliano a cada fim de domingo, hoje não gosto mais.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Minha vida doméstica

Moro sozinha há 1 ano e 4 meses, e quem me conhece sabe que antes disso eu não sabia acender o fogão e esquentar água.
Ainda bem que a vida é uma constante evolução, porque agora já sei fazer algumas coisas. Apesar da preguiça, sei cozinhar um pouco. Faço arroz (empapado), macarrão, strogonoff (salgado), omelete (queimada), até fiz sopa de feijão uma vez, e o Emiliano disse que tava ótima.
Sei também limpar a casa, passar pano no chão, lavar o quintal, sei que não posso colocar teflon no microondas porque ele explode, tenho o telefone do mecânico pra quando mando trocar o filtro de gasolina, não encaixam direito e meu quintal quase pega fogo porque a gasolina escorreu. Sei de muitas coisas.
Mas de uma coisa ainda não sei: por que raios o meu chuveiro resolveu queimar numa segunda-feira. Não sei se tomo banho gelado ou se fico no pano úmido até o Emiliano chegar, daqui 3 dias.
Tem dias que odeio morar sozinha.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sobre o fim de uma era

Há mais ou menos quatro anos recebemos em casa a visita do Paulo, amigo da minha irmã. Além de seu violão, ele também levou os dvds da primeira temporada de Lost.
Já tinha ouvido falar algo sobre esse seriado, o Emiliano já tinha assistido alguns episódios e falou bem. Eu, como sempre, não queria assistir porque sabia que animais morreriam no decorrer da série. É incrível como as pessoas gostam de matar bichos em filmes e seriados! Detesto isso.
Mas naquela noite eu não tinha nada de melhor pra fazer, por isso resolvi sentar na frente da tv e assistir com eles o primeiro episódio. Começou ali um ciclo que só seria encerrado quatro anos depois.
Passei muitas quintas-feiras de 2007 tentando baixar episódios da terceira temporada, um verdadeiro sacrifício pra quem tinha internet via-rádio. Perdia horas e horas lendo o blog "Dude, we are Lost!" pra ficar por dentro de cada nova teoria que surgia. Cultivei uma paixão platônica por Sayid, meu pupilo (vamos combinar que o cara foi FODA até o fim!). Confesso que a espera pela quarta temporada me fez desanimar um pouco, por isso a partir de 2008 passei a esperar juntar uns 4 ou 5 episódios para assisti-los de uma vez. Não via a hora de chegar a tão comentada sexta e última temporada. E ela chegou.
Em meio a muitas críticas, vi Lost chegar ao fim, mas ainda esperei uma ou duas semanas para assistir. Queria ver junto com o Emiliano. Enquanto isso, ouvia e lia críticas e mais críticas. Mas resolvi não dar ouvidos a ninguém e, finalmente, assisti o fim de Lost, o fim de uma era, e quero também dar minha humilde opinião.
O que não foi explicado pra mim não interessa. Tô me lixando do por quê a estátua ter quatro dedos, não quero saber o que aconteceu com o Walt. Pra mim já tá mais do que explicado que o Walt seguiu sua vida normal fora da ilha e pronto.
As pessoas se focaram nessas banalidades e não viram quantas coisas lindas aconteceram. Quanta coisa boa os autores tentaram nos passar.
Eu gostei e foi além da minha expectativa. Chorei de soluçar por uns 40 minutos e só agora tô conseguindo falar alguma coisa sobre isso.
No fim das contas, tudo que a gente procura nessa vida, não importa qual caminho decidimos seguir, é o amor. O amor constrói laços, o amor destrói famílias, o amor basta para unir e desunir pessoas, o amor SALVA o mundo.
Penso eu que foi essa a lição que Lost quis passar a todos nós. Pelo menos foi o que eu consegui pescar, e me fez muito feliz.
Não tenho teorias pra ficar falando muito tempo sobre isso, mas quero dizer que tá aprovado e aconselho a todos a pegar leve na vida e em Lost. Afinal de contas, é só um seriado.
Um grande foda-se a todos que perderam noites e noites criticando e fazendo vodu para os autores da série.
Sosseguem seus corações, "all we need is love", Jack nos ensinou.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Juventude bonita (by Marcelo Camelo):
Há tempos não acontece nada publicável na minha vida. Desde o acontecimento dos Mamonas Assassinas.
Quer dizer, fui em trocentos casamentos, chorei em todos, mas não tô numas de ficar falando de casamento.
Só passei pra dar um oi mesmo. E quando passo pra dar um oi é porque a coisa tá preta pro meu lado. Enfim, vim aqui só pra ter um clima de novidades nesse blog cheio de mofo e teia de aranha.
Espero voltar com novidades quentes.
Beijos,
tia Clara.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mamona-na-nas

Faz um mês, mais ou menos, que entrei em uma determinada sala do quinto ano e um pentelho pediu pra eu colocar um cd. Perguntei que cd era. Ele disse que era dos Mamonas Assassinas, que era muito legal e eu tinha que escutar. Haha. Coitadinho. Mexeu com a pessoa errada.
Dai eu disse que não podia tocar aquele cd na classe, primeiro porque não tinha nada de música na minha rotina (muito menos música dos Mamonas), segundo que mesmo se tivesse eu não poderia por pra tocar um cd que contém tanto palavrão, que as chefes iam me esfolar viva e blablabla. Mas que eu conhecia Mamonas e adorava. Que eu estava muito além deles, pobres crianças que só os conhecem pelas músicas e um dvdzinho mal feito. Que eu já tinha ido a um show deles. SIM! Eu fui num show dos Mamonas Assassinas! O menino duvidou e deu risada da minha cara. Como eu já disse, ele mexeu com a pessoa errada. A pessoa dona deste blog é totalmente apegada às coisas materiais. Eu fucei nas minhas caixas e encontrei uma das minhas trocentas agendas antigas, e dentro dela havia metaaaaaade do ingresso do show! Juntei com minha super pasta de recortes de revistas de 95 e 96 e vou levar t.u.d.o amanhã pra esfregar na cara do moleque!
Agora é sério. Os Mamonas foram meus primeiros ídolos. Chorei horrores quando eles morreram, ficava trancada no meu quartinho de estudos fazendo paródias das músicas deles, um horror mesmo. Eu tinha 12 anos quando, no dia 30 de novembro de 1995, meus pais me levaram pro show deles lá em Araraquara. Nunca tinha ido a um show, nunca tinha visto uma coisa tão linda daquelas antes, aquelas guitarras do Bento, aquele solo de bateria do Sergio, aquele carisma do Dinho... foi uma das melhores coisas da minha pré-adolescência, senão a melhor. Depois disso fudeu tudo de vez, meus pais se separaram, eu fui embora e virei essa louca que vocês conhecem.
E a louca vai esfregar a felicidade estampada em meio ingresso na cara de seus 20 aluninhos de 10 anos amanhã! Torçam por minha vitória.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Hoje, segundona, o dia começou errado, tá errado e provavelmente a semana toda vai ser errada. Dia perfeito para entoarmos nosso querido hino!

"Eu NÃO SOU DA SUA RUA (porra)
Eu NÃO SOU O SEU VIZINHO (cacete)
Eu moro muito longe
S.O.Z.I.N.H.O (entendeu? Sozinho)
Estou aqui
DE PASSAGEM"
Marisa Monte

De passaaaageeemmmm, seus bosta.

domingo, 18 de abril de 2010

Tá tudo errado... o São Paulo perdendo, o feriado no meio da semana, o Marelo comendo cobertor, o bendito berço queimado, a noiva entrando sozinha, a psicóloga que só dá conselho que eu já sigo faz tempo, a sandália que custa caro, fora a parte séria da situação, tudo errado, tudo tudo tudo... o que fazer nessas horas?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

De volta ao lar

Meu lar é esse blog, eu voltei e agora é pra ficar. Vamos aos fatos.
Nos últimos 13 dias eu fui acusada de não entregar minhas rotinas, tive uma cistite que me deu vontade de nunca mais mijar, vi a Danielle Winits se transformar em ser humano, fiz academia, faltei da academia, engordei, emagreci, escrevi um monte de merda no twitter, trabalhei bastante, arrumei uma psicóloga, passeei com meus cachorrinhos, recebi cinco convites de casamento e, o mais importante, fui pra minha terra-natal rever minhas origens.
Lá é um lugar que me sinto muito bem e minhas energias ficam todas positivas. Não sei por que, mas acho que é pelo simples fato de que nasci lá e minha mais antigas lembranças estão lá. Voltei pra ASB feliz e disposta a dar o melhor de mim no que tenho pra agora. Estou aqui com meus príncipes caninos, ganhando bem, com uma casinha, tv, computador e comida. Minha fase atual continua sendo egoísta, mais do que de costume, e solitária. Antes era um inferno, mas agora estou bem assim. Que seja eterno enquanto dure, seja egoísta você também e viva a solidão por um tempo. A gente precisa disso às vezes.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Just a problem

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu estava saindo
Nem mesmo porque eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é porque eu não acho o papel onde anotei o telefone que eu tô precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e continua sangrando
Não é porque eu fui mal na prova de geometria e periga d´eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é porque tá muito frio
Não é porque tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam e nos dariam os netos
(Nando Reis)

Ok, exclua a parte dos filhos. E dos netos.

terça-feira, 9 de março de 2010

EU SÓ QUERO

EU SÓ QUERO UM, OLHA MEU DEDINHO (INDICADOR APONTANDO PRO ALTO), SÓ UM EMPREGUINHO DE REVISORA, SÓ UM. SÓ UM. OLHA MEU DEDINHO, OLHA AQUI. SÓ UM.

(utilizando a técnica do João de pedir as coisas pra pedir um empreguinho de revisora-só um!)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

To be or not to be

Então. Eu vivo uma crise profissional das bravas. Tava rezando pra encontrar um emprego de revisora de texto antes das minhas férias acabarem, mas infelizmente meu currículo não é bacana o suficiente pra isso (ou o Catho que deve ser uma bosta, mesmo) e tive que voltar à sala de aula. Às salas de aula, porque este ano tenho 22 turmas. É sobre isso que quero falar, sobre a dificuldade que é ser PEB II não ter voz autoritária como tem uma PEB I.
Comecei em 2007 a dar aula pra crianças em uma Emef da minha antiga cidade e lá as professoras eram muito bravas, gritavam o tempo todo e ninguém podia levantar do lugar em momento algum. Fora os chacoalhões que fingíamos que não existiam, mas dentro de cada uma existia um pequeno ser chacoalhador de crianças, que aparecia nas horas do desespero e depois ia embora como se nunca tivesse dado as caras.
Como eu rodava de sala em sala, a vida parecia uma festa quando era hora da aula de inglês. Eu ficava puta com os alunos, berrava, ficava surda, fazia chantagem. Queria os alunos em silêncio, igual encontrei quando cheguei na sala. Mas eles não me respeitavam, pelo menos é o que parecia. Que porra de professora era eu, afinal de contas? Não conseguia fazer 20 crianças ficarem sentadas em silêncio por quê?
O tempo passou e fui dar aula na cidade maldita. Lá, a diretora não deixava ninguém gritar e quando um aluno era colocado de castigo na diretoria, ela dava um game boy pra ele se distrair enquanto não podia voltar pra sala. A vida era um inferno não só pra mim, porque as professoras de sala (PEB I, tá gente? Vamos aprender as gírias do nosso mundinho) também não seguravam os alunos. Fiquei pior ainda.
Enfim, cheguei nessa escola onde estou hoje, que ficaria no meio termo dessas duas que citei. Nunca ouvi uma professora dar um grito, chacoalhão muito menos. Mas os alunos são bem mais calmos e nenhum aluno foi sem educação comigo. No entanto, ainda vivia a crise do "não sei porque eles são mais agitados na minha aula do que com a PEB I". Será que sou tão boazinha assim? Tão tonta? O que preciso fazer pra ter cara de ruim?
Ontem de manhã eles estavam fazendo a lição de inglês quando um comentou sobre a série CSI em voz alta. Em vez de eu mandar ele ficar quieto e fazer a lição, perguntei se ele assistia, falei sobre outros seriados, depois acabou o assunto e todos voltaram a fazer a lição. No fim da aula, esse aluno chegou pra mim e disse: "por isso que eu gosto de você, tia, as outras professoras não conversam com a gente sobre essas coisas." A tarde eu dei aula de Oficina de Texto pra primeira série e contei a história da Chapeuzinho Vermelho com minha incrível boneca 3 em 1 que é Chapeuzinho, Vovó e Lobo Mau ao mesmo tempo. Os olhinhos brilhando e o sorriso de cada aluno me fez quase chorar lá na frente.
Quer saber de uma coisa? Eu posso não ser a mais brava das professoras, posso nem gostar da minha profissão, mas ontem eu aprendi que cada um é cada um, não posso fingir ser em sala de aula o que eu não sou fora dela. Eu adoro conversar com eles. Não os trato como as criancinhas que devem receber lição de moral a toda hora. Eles também sabem conversar. E garanto que aprendo muito com eles todos os dias. Pretendo em 2010 encerrar minha carreira em sala de aula, mas levo em meu caminho o brilho nos olhos de cada um daquela primeira série de ontem que me ouviu fazendo voz de Lobo Mau e cantando "pela estrada afora, eu vou bem sozinha..."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meu, a Eliana é uma pessoa que me decepciona muito. Sempre botei ela num altar, desde a época dos dedinhos. Sei até hoje a coreografia da Dança dos Bichos ("palma, pata, pé pé pé") e Pop Pop ("assim é bem melhor"). Amava o Flictz e o Melocoton.
A primeira decepção foi quando ela mudou do SBT pra Record e não podia mais assisti-la porque não pegava na minha casa. Mas passou, por que eu me mudei e na cidade nova pegava. Assim pude ver suas viagens, a Tânia Mara batendo cartão no programa semanalmente e o biólogo Sergio passeando pelo Butantã.
Depois ela terminou com o Luciano Huck e eu amava os dois juntos. Namorou vários playboyzinhos, chorou as pitangas na Caras cada vez que terminava um namoro, mas eu permanecia na condição de fã, firme e forte. Até que ela achou o Edu Guedes e resolveram casar. Achei o vestido dela lindo, o casal era lindo e virei fã do Edu por tabela. Tive um treco quando li a notícia do fim do casamento e virei a cara pra ela por uns meses. Fiquei de bem quando li a notícia do namoro com o JM Bôscolli e morri de felicidade quando ela voltou pro SBT. Xingava as roupas da Ana Hickman e elogiava as roupas dela, em um duelo de loiras que só existia na minha cabeça... pronto, agora estava tudo bem. "Ela voltou pro SBT e namora um cara legal, posso ficar tranquila!"
Agora a notícia que me fez perder o dia:
Assim não dá, Elianadedinhos. Fez perder a amizade, viu...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Every time I think of you
I feel shot right through with a bolt of blue
It´s no problem of mine but it´s a problem I find
Living a life that I can´t leave behind
There´s no sense in telling me
The wisdom of a fool won´t set you free
But that´s the way that it goes
And it´s what nobody knows
While every day my confusion grows"
(cantou New Order em Bizarre Love Triangle)

Oitentinha, adoro. É nóis. Sussa.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Fevereiro, alegria.

Esse carnaval foi a prova que faltava de que tô velha- e gosto disso.
Meus carnavais sempre foram regados a vodka Askov misturada com algum refrigerante (Sprite, de preferência). Askov quando eu ainda não trabalhava e ganhava mesada. Nos útimos três anos era Smirnoff (Absolut nunca, amigos. Sou professora). Enfim. Sempre teve muita emoção.
Teve o ano em que fizemos o bloco 67 e cantávamos o funk no palco (baixem no limewire. Não vou publicar a letra aqui, é promíscua demais). Nesse mesmo ano, brigamos com outro bloco e fomos parar na delegacia- entre outras coisas, mas ficar falando disso cansa. Houve também o ano em que bebemos José Cuervo, la tequila, e fomos pro velório do irmão de um amigo nosso. O cidadão estava se mexendo no caixão, pelo menos pra nós. Ano passado fizemos um tour regional e passamos cada noite em uma cidade diferente.
Esse ano íamos pra Panorama, mas desisti de última hora, fazendo com que alguns de meus amigos viessem pra ASB. Aqui é carnaval de rua e muito bem falado, famoso na região. Fiquei bêbada, como de costume, recebi os amigos, mas havia algo de estranho no ar, eu me sentia esquisita. Ontem não bebemos, por causa da ressaca da noite anterior, e foi aí que eu entendi tudo. Tinha descamisados fazendo racha de som de um lado da rua. Um dançava em cima do capô de seu já judiado Golf. Do outro lado, o vocalista da banda gritava "Quem não pular vai ficar sem comer ninguém hojeeeeeee!" Na rua debaixo, uma menina em estado de calamidade transava com o poste ao som de um funk proibidão, enquanto outra menina se esfregava com um cara fortinho na roda ao lado. Minha amiga JURA que viu uma moça com os peitos de fora. Na pista de skate rolava um DJ tentando fazer seu som, já que os carros cheios de cornetas disputavam com ele. Só Deus pra saber o que acontecia no meio dessa pista de skate.
Vi que era hora de me aposentar. Hoje é segunda-feira, o melhor dia do carnaval, e eu joguei a toalha. Quero assistir às escolas de samba na tv, tomar um chazinho ("de cogumeeeeelo", by FR) e dormir em paz, sem aquele zumbido de som alto no meu ouvido.
Sou, oficialmente, uma ex-foliã.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Acabei de descobrir que meu ascendente é libra. Quer dizer, isso se eu realmente nasci às 9h20, porque pelo que percebi ninguém da minha família prestou atenção no horário. Na verdade, eu nunca acreditei nisso, mas sempre tentei achar algo de mim nesses tais signos. Meu signo é virgem, mas não tenho nada a ver com a descrição dos virginianos. Não sou doente por limpeza, não me apego aos detalhes e nunca tirei 10 em trabalho escolar (só na monografia da pós. Gostei de escrever isso: tirei 10 na monografia da pós).
Diz lá que a pessoa que tem o ascendente em libra é "diplomática, razoável, muito tolerante* e sempre disposta a examinar os diversos pontos de vista antes de tomar uma decisão. Possui uma natureza otimista** e, mesmo quando esta em forte desacordo com alguém, tentará sempre encontrar mais pontos de similaridade do que diferenças. Prefere elegantemente*** o equilíbrio."
*"Sério, eu odeio quem escuta música alto e acha que todo mundo deve escutar junto. Odeio (@clarahirche em 03/02/2010)
**"Quando tudo esta monótono, a vida vem e dá um jeitinho de desgraçar seu dia. Atropelei uma motoqueira hoje. Há!" (@clarahirche em 16/12/2009)
***"Depois de três dias de festa, cá estou eu de molho e vomitando a bílis. É o fim de ano, minha gente" (@clarahirche em 28/12/2009)
Só faltou dizer que o ascendente em libra adora o trabalho que faz, aí sim, aí seria uma "eu" por completo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Voltei a trabalhar sem a menor vontade.
E sem vontade de escrever aqui também.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sem inspiração pra isso aqui, só vim contar que tô com depressão pré-aula. A minha vidinha tá tão boa e pacata!
Eu acordo, assisto as reprises da Ana Maria Braga tomando meu café da manhã. Em seguida, assisto Caverna do Dragão e fico zapeando por uma meia hora. Levanto, brinco com os cachorros, faço alguma tarefa doméstica e vou pro pc. Fico no pc. Fico no pc. Fico no pc. Lá pelas 13h vou arrumar algo pra comer. Fico no pc. 14h passa filme no SBT, e tá passando vários filmes tontos legais. Assisto o filme. Tiro um cochilinho até 17h. Acordo e vou brincar com os meninos. Fico no pc. Umas 18h e pouco vou correr. Corro. Corro. Corro. Volto pra casa, brinco com os meninos, tomo banho. Fico no pc. Fico no pc. 21h passa Gossip Girls e eu assisto. Na terça-feira tenho compromisso marcado com o Rabin na Mtv, nos outros dias fico zapeando. Durmo lá pela meia noite. Não largaria essa vidinha por nada, se de dinheiro eu não precisasse.
Pois é... eu sei... até nas férias eu curto uma rotininha. Que vida empolgante, eu tenho.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Minha primeira crítica turística- última parte

No quinto e último dia acordei quebrada. Péssima. Emiliano também. A gente já tinha visto tudo que queria, praias, peixes, escuna, portanto íamos repetir a Prainha. Tomamos café, fomos dar uma volta na cidade a pé, compramos camisetinhas pros sobrinhos, entramos numa lan house... e voltamos pro hotel. Um puuuta sol, desci na piscina, logo ele desceu também e decidimos não ir pra Prainha porra nenhuma. Tava bom ali.
Fiquei por lá a tarde toda, depois saímos pra almoçar e chegamos à seguinte conclusão: quatro dias é o suficiente pra ver bastante coisa legal e não enjoar de mar, roupas sujas e biquíni.
A noite saímos pra tomar sorvete e vimos um artistinha global que nem sei quem é mais. No dia seguinte acordamos cedinho e fomos embora pra Sampa, já com saudades das belas paisagens desse lindo lugar chamado Paraty.
Comidas que não podemos deixar de comer:
-Crepes da clássica creperia do centro histórico;
-Sorvete da sorveteria italiana, os de frutas em especial;
-Isca de peixe com maionese de maracujá do Che bar;
-Salada do bar da Ilha do Cedro.
É isso... fiz esse diário pros amigos e família lerem, pois tenho preguiça de contar e sou muito melhor escrevendo.
Quem quiser ler, leia. Quem não quiser, foda-se. Porque eu falo palavrão.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Minha primeira crítica turística parte IV

Vamos lá, gente, prometo que tá acabando...
No quarto dia acordei moída moída moída. Com dor nas pernas, aquela coisa. Mas eu já tinha escolhido todos os passeios dos outros dias, então deixei o Emiliano escolher. Obviamente ele escolheu passear de escuna. Já fui sabendo que ia sofrer, mas eu também tava afim, nunca tinha passeado de escuna. Fomos em uma agência de turismo e escolhemos um roteiro, pagamos 35 reais cada um, com direito a frutas. Mas dá pra ir direto no cais e escolher a que mais você se simpatizar. São praticamente os mesmo passeios.
Nossa escuna era toda preta e com uma bandeira pirata no topo, achei o máximo. Se chamava Vitória V e o dono era meio roqueirão de São Paulo. Tomei um remédio pra enjoo (não adiantou muita coisa) e entramos no barco. Já na primeira parada eu tava morrendo de dor nas pernas (por causa das trilhas do Cachadaço), enjoada, velha... mas quis fazer bonito pro Emiliano e nadei até a Praia Vermelha, uma praia linda que só se chega de barco. Cheguei na areia, procurei uma sombra e fui deitar, enquanto o Emiliano se jogava nas águas cristalina. Achei melhor voltar pro barco antes que me desse uma cãimbra. Me joguei nas almofadas fofinhas e pensei em dormir pra ver se passava a tontura, mas o mor pediu pra eu tirar umas fotos dele mergulhando e se achando o César Cielo. A segunda parada foi na Lagoa Azul, um lugar espetacular. Não há praia, só uma água mais azul do que o céu e pedras e mais pedras. Fiquei com medo de mergulhar lá, as águas batiam nas rochas e eu sou meio mole. Mas nosso herói do Brasil foi! Tirei muitas fotos lindas dele nas rochas. A terceira parada foi na Ilha Comprida, também sem praia, mas com muiiiiiitos peixes. Lá sim, me joguei no meio dos peixinhos e fiquei só na observação. Dava pra alugar máscaras, mas nem precisava, tão transparente era a água e tão pertinho os peixes chegavam. Nessa altura do campeonato eu já tava verde, então não desci na quarta parada, que foi uma outra praia que esqueci o nome. O barco parou muito longe da praia e eu não tinha condição nenhuma de chegar lá, mas dei uma nadadinha em volta do barco.
Bom, o passeio durou cerca de cinco horas e pra quem tem estômago forte vale muito a pena ir! Eu gostei muito de ver os peixes, mas se não fosse minha velhice aguda seria mais divertido. Nem preciso dizer que cheguei mais moída do que já tava, tomei banho e dormi. Nem quisemos saber de sair a noite, ainda mais que choveu. Pedimos uma pizza, jantamos e capotamos assistindo "Dalva e Herivelto".
Sobre o quinto e último dia eu conto amanhã, assim como as considerações finais.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Minha primeira crítica turística parte III

Tá ficando cansativo esse negócio de diário de viagem, mas começou, termina. Cacete.
No terceiro dia pegamos nossas trouxinhas e seguimos pra Trindade. Esqueci de mencionar que, voltando de São Gonçalo, tentamos ir pra Paraty-Mirim, mas a estrada era de terra, péssima, cheia de lama e no meio disso tudo tinha uma tribo indígena, protegida pela Funai. Deixamos quieto. Já a estrada de Trindade é bem mais tranquila. Asfaltada e, apesar de estreita, quase não há perigo quando estamos devagar. Dá pra ir de bus também, viu gente. Enfim. Chegamos lá e não sabíamos em que praia ficar. Estacionamos por 10 reais e pegamos a trilha pra Praia do Meio, mas tinha muita gente, muito bar e muito som pro meu gosto. Misturava samba e reggae, parecia que eu tava na Praia Grande, sei lá. Então pegamos mais uma trilha que deu pra Praia do Cachadaço. Essa sim, meu amigo, vale a pena... uma praia limpa, extensa, com poucas ondas e dois bares rústicos (no meio do mato, mesmo). Tinha bastante gente, mas nenhum som. Como somos seres incansáveis e aventureiros, seguimos até o fim da praia e pegamos OUTRA trilha, essas de 700 metros, que dava pra Piscina Natural do Cachadaço. A porra da trilha é terrível: muita subida, passagens estreitas, mas com uma linda vista pro mar. Ouvi dizer também que há uma praia nudista por ali. No meio da trilha tem um bar que vende água a três reais (o cara deve ganhar uma puta grana). Acho que vende maconha também, pelo que percebemos. Então... na piscina natural tinha muita gente, por isso a água não estava tão límpida (e risonha), mas dava pra ver muitos peixinhos listradinhos de preto e amarelo. Acho que se chamam Jurumirins, nadavam no meio de todo mundo sem cerimônia alguma e até morderam o pé do Emiliano. Eu, que sou velha, enjôo no mar, tenho medo de afogar e coisa e tal e tal e coisa, amei esse passeio. Até pulei de uma pedra! Difícil foi pegar a trilha de volta. Tiramos uma boa pestana nas areias da praia do Cachadaço, em meio a muitos aspirantes a hippies fumando seus baseadinhos. Duas hippies resolveram morar por lá e, para sobreviverem, montaram uma barraca e vendem sucos, pastel, refri, porções. Uma porra dum pastel custava 4 reais. De hippie só a barraca, meu filho, aquelas cretinas devem montar na grana fazendo os gringos de trouxas. A única coisa bacana era o rotweiller que ia pegar o coco, abria, bebia e enterrava na areia.
A noite eu tava bagaçada, mesmo assim fomos no Che Bar, que de revolucionário só tinha o nome. Vi uma das coisas mais bacanas que tinha por ali. Dois gringos, talvez do México, um novinho e um mais velho, tocando violão, banjo e cantando músicas de sua terra, esbanjando um sorriso no rosto. Felicidade plena tinha também o hippie (esse era hippie MESMO, e não fingido, igual à maioria dali) que fazia caricaturas de turistas. Camisa aberta, pezinhos descalços pra cima e um sorriso seguro, do tipo "paguem pau pra mim porque sei o que estou fazendo". Era, de longe, nosso artista predileto.
Amanhã eu conto sobre o quarto dia (que, na minha opinião, foi mais sofrido).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Minha primeira crítica turística parte II

O dia seguinte amanheceu nublado. Nós íamos para Trindade, que segundo o orkut, o google e as opiniões alheias é a praia mais bonita de Paraty. Mas como tava tempo de chuva e não queríamos perder nada de Trindade, resolvemos ir pra São Gonçalo. É uma praia que fica a 25km da cidade e não é difícil chegar. Tem um estacionamentinho na beira da estrada e pagamos cincão pro carro ficar lá. Pegamos uma trilha de sei lá quantos metros e chegamos a uma praia linda linda linda, sem ondas (nem preciso mais dizer, já que todas as prais de lá são assim) e sem nada. Nada. No meio do mato, sem bar, sem camelô, sem pessoas praticamente... de lá pega-se barcos (10 reais) para as ilhas próximas, e naquele dia o barco Sofia estava fazendo viagens pra Ilha do Cedro. Quando lá chegamos não botei muita fé no lugar, Eram dois bares pequenos e simples, uma água não cristalina, mas calma, e muitos siris espalhados pela fina areia. Chegamos cedo, por isso quase não tinha gente. Pensei que fosse me entediar por lá, mas não é isso que queremos nas férias? Cansar de fazer nada? Bom, o Emiliano mal chegou e já se jogou no mar... só saiu de lá pra comer e se esconder do sol que fez lá pelas 13h. Um puuuuuta sol! E a gente achando que ia pegar chuva... sei que ficamos lá até umas 16h e não cansamos nem um pouco de ver aquela belezura toda... as pedras, as conchas, os siris amigos e os pássaros pescando peixinhos na hora do almoço. A única coisa que não gostei foi que esses barquinhos soltam muito óleo na água. Alguém devia ver isso.
No dia seguinte, finalmente, fomos pra Trindade. Amanhã eu conto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Minha primeira crítica turística parte I

Após cinco anos viajando só pra visitar a família, decidi que neste ano eu queria ir pra um lugar que realmente me interessasse. Foi então que pensei em Paraty, já que alguém havia me falado que lá o mar é calmo e sem ondas (tudo o que sempre desejei, pois não entro em mar bravo desde 2002, quando quase morri afogada em Santa Catarina). Morzão, gente boa que é, disse sim de imediato e lá fomos nós correr atrás de pousada e essas coisas. Pesquisei bastante na comunidade de Paraty no orkut, por isso chegamos lá já com alguma ideia do que era mais importante visitar.
Chegamos numa terça às 13h e perguntamos pra dona da pousada qual era a praia mais perto dali, e ela nos sugeriu a Prainha. Andamos uns 10km de carro pra chegar lá (sim, queridos, todas as praias legais de Paraty são fora da cidade, o que deixa tudo ainda melhor) e mais uns 300m de trilha a pé. Nos deparamos com um mar calmo, uma praia pequena e tranquila, sem muita gente. Não havia vendedores ambulantes nem guarda-sol pra tudo quanto é lado, e já gostamos de cara do lugar. O Emiliano mal chegou e já foi pra água. Por lá ficou até a hora de irmos embora. Eu sou mais contida e doente, fiquei uns 15 minutos na água e já comecei a ter enjôo, por isso fui pra areia e tirei um bom cochilo. Aliás, pudemos nós dois entrar ao mesmo tempo no mar sem que ninguém vigiasse nossas coisas, já que lá a galera é civilizada e ninguém rouba nada de ninguém. Chegamos umas 16h30 na cidade, tomamos banho e fomos procurar algum lugar pra almoçar. As coisas no Centro Histórico são mais caras, por isso procuramos algo fora de lá. Tudo é relativamente perto, então nem rola ter preguiça de procurar as coisas. Achamos um restaurante legal, mas acabou sendo o mesmo preço de todos os outros de dentro do CH, que conhecemos nos dias seguintes. A noite, mais voltinhas no centro e bebidinhas. Vá com dinheiro, gente, porque carioca é foda! Põe os preços lá na putaqueopariu, mas vale a pena.
(continua...)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Assim como Emiliano me lembrou nos comentários, esqueci de mencionar sobre o berne do Leo. Eu não sei se a palavra "berne" se escreve assim, já que nunca a escrevi antes, nem nunca tinha visto um, por isso perdoem essa escritora de fim de noite se estiver errado.
Acontece que Leopoldo, o meu caçulinha, é meio pancado da cabeça, e por isso as coisas sempre acontecem com ele. Já pulou em movimento de um carro, pegou doença do carrapato duas vezes, adora voltar pra casa verde de alguma merda fresca que encontrou pelo caminho e tem pavor de rojões (por isso sempre tenho em casa calmantes e salsicha em dia de jogo ou eleição).
Quando fui dar banho nele e vi um puta caroço no pescoço dele, já pensei no pior: "é tumor, é câncer e vou perder meu menino". Mas o Emiliano me acalmou dizendo ser berne.
Levamos o pequeno pra Dra Adriana e ela nos recebeu com um belo sorriso e as seguintes palavras: "vocês demoraram pra voltar dessa vez!" Mal o colocamos na maca e ela já disse que era mesmo o bichinho. Tentou espremer, mas o Leo chorou muito, então resolveu dopá-lo. Devo dizer agora que Leo, o pequeno, é viciado numa injeção. Quando pegou doença do carrapato pela segunda vez eu tive que dar uma injeção por dia durante uma semana no músculozinho dele. Na terceira dose ele já estava totalmente acostumado e feliz. Dessa vez não foi diferente, a doutora aplicou e ele já caiu pro lado. Espremeu com tanta força que logo saiu uma bicho branco e gosmento do pescocinho do meu menino. Fez uns curativos e nos mandou pra casa cheios de remédios. Naquela tarde o Leo dormiu umas quatro horas seguidas, sendo que o efeito da injeção demorava meia hora pra passar. Mas sabendo que era o Leo, e sabendo do jeito que ele é, estranhei que ele não dormiu até o dia seguinte.
Escrevi isso porque tô morrendo de saudade dos meus meninos, já que eles estão na casa dos meus sogros há três semanas. Escrevo também porque hoje abro mão de muitas coisas por eles: viagem, passeios, ficar as férias inteiras aqui em Ourinhos, entre muitas outras coisas. Já penso em comprar uma pick-up, em transformar meu terreno em um grande canil, tudo por eles. Pode ser estranho pra algumas pessoas e sei que é exagero da minha parte, mas eu amo meus pequenos e eles são minha familia lá em ASB. Faço o que for possivel pra vê-los felizes.
Pode deixar, doutora Adriana, a gente demora... mas sempre volta.

sábado, 2 de janeiro de 2010

E aí, querido diário!

As minhas férias estão razoavelmente boas... como já disse,meus sobrinhos estão aqui. O João AMA o tio Mimi dele, não me dá moral e só me chama de madrinha quando quer que eu fique horas assistindo seus pulos na piscina. O Matias é um doce de menino... me bate na cara, me atira coisas... mas gosta que eu cante "Fui morar numa casinha" pra ele.
No Natal o carro da minha mãe atolou indo para a chácara e tiveram que puxá-lo com um trator, mas chegamos a tempo de comer a maionese que me fez morar no banheiro nos três dias que sucederam. Mamãe, que é mais fraca, teve que ser internada e só saiu no dia 31 do hospital, mas já toma chá com torradas sem vomitar. Por isso nosso reveillon foi em casa. Minha sogra fez uma oração agradecendo à Deus e à Mãe Peregrina e minha irmã teve um ataque de riso bem nessa hora. Ouvimos a contagem regressiva pela rádio Jovem Pan, que divertido.
Terça-feira pretendo ir a Paraty, se a chuva parar e a estrada não desabar. Tomara que dê certo, pois metade da grana tá depositada faz tempo e eles não devolvem. Vou até Paraty nem que seja pra ver morro desabando.
É isso, querido diário... escrevo essas palavras enquanto Mariana conta uma história para João, Matias come um pão calçando um pé do seu croc, Emiliano se embriaga com seus amigos num fim de mundo qualquer e termino de baixar um video de meu humorista preferido.
Nos vemos no próximo.