segunda-feira, 2 de junho de 2014

Serras Gaúchas- Parte III


Na quinta-feira choveu e já estávamos esperando por isso. Nos programamos para fazer os passeios pela cidade de Gramado mesmo. Pegamos a van que saía do hotel em que estávamos hospedados (que vou falar em um texto à parte, de tanto de curti) e fomos até o centro. As lojas ainda estavam fechadas e resolvemos ir andando até o Lago Negro, que fica a uns dois ou três quilômetros dali. É um pouco puxado ir andando, demoramos uns 40 minutos porque tem uma subida carregada. Mas estamos acostumados a andar bastante, moramos em São Paulo e tudo aqui é meio longe. Valeu super a pena, pois vimos lindas ruas, casas antigas maravilhosas, prédios novos em estilo alemão, jardins muito bem cuidados. Dá vontade de morar lá, só pelas casas e ruas cheias de hortênsias. Apesar de não ser época de hortênsia, algumas delas resolveram brotar e deixaram a cidade mais linda ainda. Não consigo imaginar a beleza da cidade quando elas desabrocham por completo. Pra quem quiser vê-las aos montes, visitem Gramado em novembro, dezembro e janeiro.
Voltando ao Lago Negro, chegamos lá e estava chuviscando, mas o tempo deu uma trégua para conseguirmos fazer o passeio no clássico pedalinho.

Pagamos 20 reais pelo passeio, e acho que não vale a pena. Me arrependi logo que entrei no pedalinho, mas com experiência vamos aprendendo o que vale e o que não vale nosso suado dinheirinho. Não há muito mais o que se fazer no parque. Ele é pequenininho e a atração é apenas o visual, que é muito bonito. Uma horinha do seu dia já dá pra resolver esse passeio.
Depois voltamos para o centro e ficamos vendo as lojas, os chocolates, as roupas, e fechamos com uma agência o passeio de sexta, que foi o Vale dos Vinhedos.
Como falei, ganhamos dois passeios pela Brocker Turismo, que é a maior empresa nesse ramo ali na região. Mas vale a pena procurar as agências menores. Fomos pro Vale com uma agência pequena (esqueci o nome agora, desculpem), pagamos uns 40 ou 50 reais a menos e ainda tivemos a sorte de ir com apenas mais um casal. Fomos em um carro normal, que anda mais rápido e agiliza a vida, e ainda fizemos amizade com o casal e o guia.
Acordamos cedo na sexta e às 6h45 já estávamos saindo do hotel rumo a Bento Gonçalves. Chegando lá, a Maria Fumaça já estava recebendo os turistas com degustação de vinho, espumante e suco de uva. Eu estava bem desanimada em fazer esse passeio, que é meio "turistão". Mas no final a experiência acabou sendo positiva.

O passeio dura uma hora e meia. Sai de Bento Gonçalves, passa por Garibaldi (onde tem uma parada pra mais degustações) e encerra em Carlos Barbosa. Dentro do trem a animação é boa. Até os mais desanimados (como eu) se divertem quando as atrações passam por seu vagão. Primeiro entrou um bando de velhinhos tocando sanfona e cantando músicas italianas. Quem me conhece, já deve saber que chorei nessa parte. Bem retardada mesmo. Depois tem um teatrinho e um grupo de música gaúcha bem animado.
Ao acabar o passeio de Maria Fumaça, o guia nos levou a dois lugares em Carlos Barbosa. Um é uma loja de queijos, frios e doces caseiros. Gostamos muito dos queijos e trouxemos dois pra casa, além de um salame. O outro passeio foi na loja da Tramontina, cuja sede fica nessa cidade. Achamos tudo muito caro, afinal de contas, estávamos na cidade da fábrica e nada tinha preço de ponta de estoque! Não compramos nada.
Voltamos para Bento Gonçalves para fazermos o Vale dos Vinhedos, e dessa parte do dia eu gostei muiiiiiiito. Fomos em uma vinícola relativamente pequena, onde aprendemos a degustar vinhos em uma aula de 15 ou 20 minutos. Adoramos!

Infelizmente esqueci (também) o nome dessa vinícola, mas é uma das primeiras, fica bem no começo do Vale. Almoçamos lá mesmo uma comida deliciosa: massas artesanais, galeto, carne de porco (eu não!) e salada. Em seguida fomos para a vinícola maior, que é a Miolo.

Tinha mais aula de degustação e visita à fábrica, mas optamos por não fazer. Estávamos cansados e já tínhamos degustado e visitado muita coisa. Ficamos só na loja mesmo e apreciamos o visual. Saindo de lá voltamos embora pra Gramado e ganhamos o dia.
No sábado, último dia de nossa viagem e aniversário do Emiliano, estávamos sem programação e saímos a pé para ver algumas lojinhas. Nosso hotel era próximo à Avenida das Hortênsias, que liga Gramado a Canela. Entramos numa loja aqui, no chocolateria acolá e quando vimos... estávamos chegando em Canela a pé! Não é muito longe, são oito quilômetros apenas. Recomendo muito vocês fazerem isso também. O trajeto todo tem lojas legais para ir entrando e curtindo. Entramos numas quatro lojas de chocolates e em todas elas fizemos degustação rs. Tiramos fotos em frente ao Mundo a Vapor, entramos em malharias, enfim, foi delícia demais. Ficamos enrolando nas lojas de Canela e voltamos pra Gramado. De táxi. Estou sem as fotos no computador dessa proeza, só tenho no celular. Quando baixar, edito aqui e coloco as fotos.
No domingo foi só levantar, tomar café e vir embora pra São Paulo chorando e sofrendo. Mas programei mais dois textos sobre a viagem: comidas e o hotel. Logo posto.