quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Top 10- Músicas da década

O ano está acabando e resolvi fazer o top 10 das músicas que me marcaram nesta década. Ou na década passada. A década acabou ano passado? Enfim. As músicas que marcaram os últimos 10 anos. Sou uma pessoa superatarefada, mas encontrei um tempinho na minha agenda para mais uma listinha.
Quase não faço listinhas.
2000
Quer dançar - Bonde do Tigrão
Essa música tocou o ano inteiro em 2000 e encalacrou tanto na minha cabeça que toda vez que a ouço me vejo de shortinho e camiseta do bloco Chiqui Nu Úrtimu pulando carnaval na prainha. Não foi um bom ano.
Outra: From the botton of my broken heart (Britney Spears), Frenesi (Pixote- hahaha)
2001
Give me Love- Marisa Monte
Minha irmã, a Giovana e eu fizemos uma viagem para São Tomé das Letras com meu pai e lembro de ter ouvido muito essa música nas 10 horas em que passamos dentro do carro. Foi legal, mas quando voltei minha amiga Camila tinha morrido de acidente de carro.
Outra: Por Enquanto (Cássia Eller)
2002
Já sei namorar- Tribalistas
Esse cd foi lançado no fim do ano, mas só consigo me lembrar de matar aula do cursinho e sair de carro com minha colega Mariana ouvindo essa música pra paquerar os playboyzinhos ourinhenses.
Outra: O amor faz (Sandy & Júnior)
2003
Forever- Kiss
Vida nova em Marilia. Faculdade de Tradutor. Eu passando madrugadas comendo lanche, pizza frita, estudando e ouvindo essa música.
Outras: Toxic (Britney Spears) e Hey ya (Outkast)
2004
Spring Love- ?
Fui passar o reveillon em Ilha Comprida e lá virei dançarina de axé. Voltei morena do Tchan, ensinando todos os passos pras minhas amigas pra arrasarmos no carnaval. Sério, eu fiz isso.
Outra- Até o fim do mundo (Gurus)
2005
Razão de Viver- Roupa Nova
Porra. Eu comecei minha vida em 2005. O Emiliano chegou! Não poderia ser outra música senão a nossa.
Outra: Quando você passa (Sandy & Júnior)
2006
Bonde do Dom- Marisa Monte
Viajava nove vezes por semana pra acabar logo a faculdade. Três vezes de manhã, uma a tarde (pra fazer inglês) e cinco a noite. Em todas elas ouvia os novos discos da Marisa.
Outras: Pra ser sincero (Marisa Monte), Pensamento (Cidade Negra)
2007
Malemolência- Céu
Foi o melhor ano da década. Minha vida era demais! Morava com minha vó, baixava Lost toda quinta-feira, comecei a trabalhar e descobri que a Céu existia!
Outra: Liga pra mim (Mara Maravilha- lembro do aniversário de 1 ano do João)
2008
Somebody to Love- Queen
Minha irmã deu de presente pra minha mãe um dvd do Queen. Acho que ela nunca assistiu porque eu tomei posse dele. Estava depressiva e me identificava super com a letra: "Each morning I get up I die a little/can barely stand on my feet/take a look in the mirror and cry/ Lord what you´re doing to me?"
Outras: Play the game (Queen), I believe in miracles (Ramones)
2009
I kissed a girl- Katy Perry
Não, eu não beijei uma menina. Um dia vi esse clipe na MTV e resolvi baixar o cd, que é muito legal. Acho que já assumi faz tempo que sou cafona e popular, né? Já passei da idade de ter vergonha.
Outras- Titanic (funk que tocou no carnaval em ASB) e a música que o vizinho colocava pra tocar todo dia uma hora da tarde cujo nome não sei, mas é do gordinho que canta Beautiful Girl.
2010
Come together- Beatles
Esse ano foi dos Beatles. Comecei a gostar deles por causa do Emiliano. Ouvimos muito Kiss FM nas férias de janeiro passeando por São Paulo e foi bem legal. "Depois de um rock... sempre vem outro rock".
Outras- Something (Beatles), Let it be (Beatles), Billie Jean (cantada pelo calouro rouco do Seu Raul).

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Politicamente Incorreto

A Revista TPM deste mês publicou um texto falando sobre infância politicamente incorreta, já que no passado não existiam preocupações que hoje aterrorizam tantas mães por aí.
Depoimentos de pessoas ligadas à revista contavam que tomavam café com leite e açúcar na mamadeira, acendiam o cigarro pra mãe e dormiam em bares boêmios. Houve uma IDENTIFICAÇÃO IMEDIATA de minha parte, pois minha irmã e eu provavelmente fomos as crianças mais politicamente incorretas dos anos 90.
Pra começo de conversa, meus pais eram supernovos e adoravam sair. Meu tio tinha um bar (boteco mesmo) e a família se reunia toda sexta-feira, fazendo com que eu dormisse dentro do carro por muitas e muitas madrugadas.
Aos domingos íamos na vó Ywone e enquanto a família conversava e brigava assistindo Os Trapalhões, eu sumia com meus primos, entrava escondido no SESI e andava de patins na quadra de basquete até o guarda chegar. Sem contar as festas de reveillons na casa das tias solteironas, quando saíamos de madrugava pedir "bom princípio de ano novo" aos vizinhos ricos. Minha tia uma vez levou um cigarro de menta, novidade na época, e adorei dar uma tragadinha e sentir aquele gostinho de bala. Aos 10 ou 11 anos.
A Mariana quando entrou na adolescência foi um caso especialíssimo a ser estudado. Forrou uma parede do quarto com recortes de revista e fugiu com 13 anos para São Paulo pra ver o show dos Ramones. Meus pais não deram a mínima... nessa época eu não lembro muito bem dela ficar em casa. Ela sumia e aparecia uns 3 dias depois pedindo dinheiro.
Quando íamos passar as férias em São Pedro era uma alegria. Aline e Edson SUMIAM pros bailes da vida e acordei muitas vezes sozinha em casa no meio da noite, já que a cidade era pequena e não oferecia perigo. Minha vó Irene promovia jogos do copo com os amigos adolescentes da Mariana, que apareciam 3 horas da manhã para fazer um lanchinho.
Mas o caso mais politicamente incorreto da minha infância aconteceu comigo.
Quando eu estava na terceira série, organizaram um concurso de dublagem na minha escola e minha mãe resolveu ensaiar eu e minhas amiguinhas. Poderíamos ter ensaiado Xuxa, Paquitas ou sei lá que grupo infantil tinha na época, mas é claro que mamãe ensaiou Paradise City, do Guns and Roses. Eu era o Axl e usava um shortinho de lycra amarelo, uma camiseta cavada e uma bandana com estrelas estampadas. Minha amiga Liliane era o Slash e minha mãe a despenteou e arrumou uma cartola. Pra completar o look, enfiou um CIGARRO na boca da menina. Lógico que todo mundo vaiou, inclusive minha professora do pré. Mas isso não nos impediu de ganhar, já que os jurados eram todos amigos e professores da minha irmã, que era a apresentadora do concurso. Esse foi meu maior trauma de infância e vocês não imaginam a dificuldade que tive pra descrever a situação.
Hoje em dia, assim como foi publicado na TPM, as preocupações são maiores ao ponto de uma simples mamadeira de café com leite e açúcar se tornar algo proibido para uma criança. O que posso dizer é que antigamente as coisas eram muito mais divertidas- e muito mais rock´n roll.