Ressucito este blog semiaposentado para falar sobre Gramado, uma vez que não tenho mais Facebook e gostaria de compartilhar minhas impressões com os amigos (e com quem mais digitar "Serras Gaúchas" e/ou "Gramado" no Pai Google e se deparar com minhas singelas palavras).
A verdade é que eu SALIVAVA de vontade de ir pra essas bandas desde quando fomos, marido e eu, escolher nosso destino de lua de mel. Como era novembro e estava quente, resolvemos deixar Gramado pra depois e curtir uma praia. Não poderíamos ter feito escolha melhor, pois amadurecemos neste tempo o desejo de conhecer este lindo lugarzinho do sul do Brasil.
Tenho muitas coisas a dizer, e peço perdão se tiver que dividir o texto em mais de um post, pois não gostaria de deixar detalhe nenhum para trás. Detalhes são preciosos!
Pois bem, vamos falar primeiramente sobre os passeios. Quando fechamos a viagem com nossa agência ganhamos, além do translado ida-e-volta do aeroporto de Porto Alegre para Gramado, dois passeios feitos pela Brocker Turismo. Um era o Tour Gramado/Canela e o outro era Compras/Nova Petrópolis. Só fizemos este último pela agência, pois o primeiro tinha paradas em lugares que não queríamos visitar. Vamos falar então de...
Nova Petrópolis
Fui fazer este passeio não querendo ir muito. O ônibus nos pegou às 8h25 da manhã do hotel e fizemos primeiro a parte das compras. Pararam em quatro lugares: uma lojinha de presentes e variedades, um lugar onde se comprava queijos, frios e vinhos (e eu lhes pergunto: pra que, já que visitaríamos vinícolas em outro passeio?), uma loja de roupas em couro legítimo (caríssimas, as roupas. Mais de mil pila num casaco) e a fábrica de cristais famosa de Gramado. Só gostei da fábrica de cristais nessa parte do passeio. Tem uma demonstração de como os cristais viram vasos e outros objetos, e muitas coisas para comprar, como brincos, anéis, colares, copos, vasos, taças, etc. Depooois disso é que fomos para Nova Petrópolis.
O monumento dos imigrantes alemães
Essa cidadezinha é toda ocupada por descendentes de imigrantes alemães. 80% da população fala alemão e os professores de alfabetização precisam falar alemão para dar aula, pois muitas crianças não falam direito o português, uma vez que em casa só se fala em alemão. Isso foi a guia que nos contou. Eles são muitos corretos. Não aceitam dívidas, por exemplo, e se combinam algo com você, cumprem de qualquer jeito. São bem preconceituosos com imigrantes de outras descendências, pelo que entendi. Mas o melhor de tudo são as casas. Uma mais linda que a outra! A maioria sem grades ou portões. Há dois anos não se registra nenhum assalto ou roubo.
Lá conhecemos a Aldeia dos Imigrantes, que fica dentro de um parque. Pegaram as casas originais de imigrantes alemães, tiraram das colônias e colocaram dentro do parque, que foi criado para que suas origens e costumes não ficassem perdidos no tempo.
A casa do professor fica na Aldeia dos Imigrantes
E esta é a igrejinha da aldeia
Fora que o parque todo é lindo, mas não vou ficar enchendo aqui de fotos, senão fica muito pesado. Depois disso fomos conhecer a Praça do Labirinto e a Praça das Flores, que são grudadas. O labirinto tem 19 saídas, e somente uma é a correta. O Emiliano se aventurou e eu fiquei pra fora tirando fotos e dando risada.
Ele conseguiu!
E aqui é uma linda flor se destacando no meio das outras *risos irônicos*
Este foi o primeiro dia em Gramado.
No segundo era pra termos feito o tour Gramado/Canela. Mas vou ser bem sincera, não tenho paciência com subir/descer em ônibus, esperar os atrasonildos e pagar pra visitar os inúmeros museus em que passaríamos. Sim, em Gramado e em Canela têm museu de tudo: de perfume, de moda, carros antigos, carros potentes, Harley Davidson, Bonecos de Cera, do chocolate, do Mundo a Vapor e o caralho a quatro. Ops, eu falo palavrão. Mas não fui em nenhum. Nada contra se você quiser ir, mas não posso te falar sobre eles, uma vez que pulei essa parte do passeio.
Pois bem, em vez disso alugamos um carro por dois dias e fizemos nosso próprio roteiro. Alugar carro por lá é bem fácil: pagamos 95 reais a diária (mas vi que tem preço mais em conta) e levaram o carro na porta do hotel. Dois dias depois, no horário combinado, buscaram. Dependendo do que você tem em mente vale muito a pena alugar, pois percebi que os preços das empresas de turismo são um pouco abusivos. E se você não quiser ir pra muito longe, só ficar em Gramado/Canela mesmo, não precisa é de nada! Tem ônibus, táxi, tem esses tours que você ganha, tem aluguel de bicicleta e tem andar a pé! Andamos muito a pé por lá, mas isso eu conto depois. Voltando ao segundo dia. Fomos para uma cidade chamada Cambará do Sul visitar o...
Cânion Itaimbezinho
Cambará do Sul fica a 113 km de Gramado e pegamos bastante nevoeiro na estrada, o que é bem comum. Depois que chega na cidade, anda-se mais 18km até o parque que abriga dezenas de cânions, sendo que o mais famoso é o Itaimbezinho. Existem duas trilhas e a escolha é sua: a primeira é curta, uns dez minutos andando em uma trilha de concreto, e enxerga-se 30% do cânion. A segunda são 3km de caminhada em uma estrada de terra plana (não cansa quase nada) e enxerga-se 70% da paisagem. Fizemos as duas. O visual da primeira trilha foi esse:
Tipo: UAAAAAAAU
De tirar o fôlego, realmente. Pra quem gosta de natureza, trilha e cachoeiras, um prato cheio! Sou dessa turma. Fizemos a segunda trilha em meia hora de caminhada, e infelizmente o clima muda muito rápido no cânion. Ficamos um tempão que o tempo abrisse e o nevoeiro fosse embora, mas tudo o que vimos dos 70% prometidos do cânion foi...
Uma tristezinha boa, foi esse o sentimento
Espero poder voltar para ver o Itaimbezinho completo e também o Cânion Fortaleza, que dizem ser muito bonito.
Hoje escrevi sobre os dois primeiros dias. O terceiro foi muito extenso, vou escrever numa próxima vez, junto com o quarto, quinto e sexto dias.
Espero que tenham gostado.
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