Esse carnaval foi a prova que faltava de que tô velha- e gosto disso.
Meus carnavais sempre foram regados a vodka Askov misturada com algum refrigerante (Sprite, de preferência). Askov quando eu ainda não trabalhava e ganhava mesada. Nos útimos três anos era Smirnoff (Absolut nunca, amigos. Sou professora). Enfim. Sempre teve muita emoção.
Teve o ano em que fizemos o bloco 67 e cantávamos o funk no palco (baixem no limewire. Não vou publicar a letra aqui, é promíscua demais). Nesse mesmo ano, brigamos com outro bloco e fomos parar na delegacia- entre outras coisas, mas ficar falando disso cansa. Houve também o ano em que bebemos José Cuervo, la tequila, e fomos pro velório do irmão de um amigo nosso. O cidadão estava se mexendo no caixão, pelo menos pra nós. Ano passado fizemos um tour regional e passamos cada noite em uma cidade diferente.
Esse ano íamos pra Panorama, mas desisti de última hora, fazendo com que alguns de meus amigos viessem pra ASB. Aqui é carnaval de rua e muito bem falado, famoso na região. Fiquei bêbada, como de costume, recebi os amigos, mas havia algo de estranho no ar, eu me sentia esquisita. Ontem não bebemos, por causa da ressaca da noite anterior, e foi aí que eu entendi tudo. Tinha descamisados fazendo racha de som de um lado da rua. Um dançava em cima do capô de seu já judiado Golf. Do outro lado, o vocalista da banda gritava "Quem não pular vai ficar sem comer ninguém hojeeeeeee!" Na rua debaixo, uma menina em estado de calamidade transava com o poste ao som de um funk proibidão, enquanto outra menina se esfregava com um cara fortinho na roda ao lado. Minha amiga JURA que viu uma moça com os peitos de fora. Na pista de skate rolava um DJ tentando fazer seu som, já que os carros cheios de cornetas disputavam com ele. Só Deus pra saber o que acontecia no meio dessa pista de skate.
Vi que era hora de me aposentar. Hoje é segunda-feira, o melhor dia do carnaval, e eu joguei a toalha. Quero assistir às escolas de samba na tv, tomar um chazinho ("de cogumeeeeelo", by FR) e dormir em paz, sem aquele zumbido de som alto no meu ouvido.
Sou, oficialmente, uma ex-foliã.
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